História do cão - Romero
Romero foi o primeiro macho da
nossa criação que decidimos segurar. Seu rostinho delicado e seu tamanho
diminuto, associados a uma grande quantidade de subpelo e um corpinho,
foram as características físicas que nos encantaram nele. Mas não se engane.
Diferente de muitos Spitz alemães miudinhos, Romero nunca foi o menor da
ninhada. Seu tamanho sempre se assemelhou ao de seus irmãos Frida e Rafaelo. De
fato, Romero sempre foi um bebezão. Romero também é a prova de que pais pequenos
produzem sim filhotes anões, assim como o oposto também é verdade. Para quem
não sabe, seu pai Lorenzo é um Spitz pequeno.
Por conta disso, até seus 30 dias
de vida nem nos passou na cabeça a ideia de ficar com ele. Inclusive, nesse
período Romero chegou até a ser vendido. Vendemos ele para um cliente que
buscava um Spitz laranja pequenininho. Conhecendo então a linha de sangue de
sua mãe Gaia, que quase sempre faz filhotes muito pequenos, selecionamos para
ele o machinho mais claro dessa ninhada. Machinho que ele logo nomeou de
Romero. Nome que esse fofo carrega até hoje. Porém, com o passar do tempo
surgiu algo em Romero que passou a preocupar um pouco esse cliente. Romero a
partir dos 45 dias, não crescia mais.
Outra coisa que o afligia, foram
as sucessivas crises de hipoglicemia que Romero teve ao longo de seu processo
de desmame. Problema muito comum em Spitz alemães anões. Por isso que não é
recomendado a busca pela miniaturização de cães de pequeno porte. Foram-se
então dias e dias dando alimento úmido hipercalórico para ele de 3 em 3 horas.
Não importava o horário, se era dia ou noite, se estávamos cansados ou não,
estávamos sempre ao seu lado nesses momentos. Porque, embora atrativo, ele só
aceitava esse tipo de alimento se fosse administrado na seringa. Algo que com o
passar do tempo passou a ser um pouco de manha também, não podemos negar.
O aumento da angústia de seu dono
foi proporcional ao apego que criamos por ele. Eu e meu marido vivíamos dizendo
um para o outro que se esse cliente desistisse do Romero a gente não ia vender
ele mais. Foi exatamente o que aconteceu. Próximo de Romero completar seus 90
dias, data estipulada para entrega, seu dono ao ir o visitar decidiu enfim
alterar sua reserva para um outro cãozinho. Ele estava com receio de machucar o
Romero quando o mesmo ou sua outra Spitz fossem brincar com ele. Decisão que
admiramos muito, porque foi feita pensando única e exclusivamente no bem estar
do cachorro.
Realmente estávamos destinados a
ficar com esse cisquinho de 18 cm de cernelha. Até meu marido que ama os
cachorros mais enérgicos, se apaixonou por seu temperamento meigo e doce.
Característica que a Gaia passa para praticamente todos os seus filhos. Não
teve jeito, todo esse tempo alimentando ele na seringa fez com que esses dois
criassem uma ligação muito especial. Até hoje Romero não sai do seu pé,
literalmente. Sempre que ele tenta entrar dentro de casa, Romero usa toda sua
delicadeza para impedi-lo. Ele se joga no seu pé, dá suaves patadinhas e morde
o seu chinelo. É legal de mais de ver.
Seu encanto é tão grande que
chega até a ultrapassar barreiras. Nossa amiga Lucile, famosa por suas Spitz
miudinhas, é outra apaixonada por ele. E olha que ela costuma gostar apenas das
meninas, nas quais pode colocar vestidos e lacinhos. Ainda assim não teve
jeito. Tia Lucile é hoje a madrinha do Romerinho. Leva até ele para passar uns
dias na sua casa. É o único Spitz aqui de casa que tem esse privilégio. Porém,
como toda boa madrinha Tia Lucile acaba mimando demais esse baixinho. Mas ainda
assim ele continua muito bonzinho, um doce de Spitz.
É batata! Dificilmente alguém que
chega aqui em casa para conhecer nossos Spitz, não pergunta com um ar de
surpresa: Esse é o Romerinho? Ele não cresce mais? Ele já é adulto? Depois
disso, inevitavelmente sempre surgem elogios. Nossa, como ele é pequenininho!
Que lindinho! Olha essa carinha! Que coisa fofa! Muitos perguntam até se ele
está à venda. É muito engraçado. Seu carisma é acima da média mesmo.
Por fim, agora que Romero completou um ano falta apenas uma coisinha para ele. Isso mesmo pessoal. Falta esse rapazinho nos presentear com lindos netinhos. Netinhos que estamos super ansiosos para ver. Será que ele vai passar o seu tamanho, sua carinha, seu temperamento? Muito provavelmente sim. Romero além de ser um belo espécime, ainda carrega em sua genética a linha de sangue de um dos canis que admiro muito, o Sunryze Poms. Enquanto isso não vem, vamos aproveitar para apertar muito esse pequeno. Te amamos demais, Romerinho!